No mês passado surgiu o JODS, Journal of Design and Science do MIT. A marca MIT tem o seu peso e isso justifica atenção e acompanhamento. Neste primeiro número fiquei curioso a respeito do artigo “Design as Participation” do Kevin Slavin.

Conhecia-o de outras publicações e de uma TedTalk sobre um tema que me interessa: How algorithms shape our world.

 

Não achei o artigo tão interessante como a talk mas o tema é muito pertinente. Slavin contrapõe uma visão modernista do designer, assente na pureza formal, a uma visão mais recente e complexa que enquadra a prática do design numa teia complexa de relações económicas, sociais, políticas, ecológicas, éticas, etc.

Numa época onde os discursos se cruzam amiúde com palavras como catástrofe, crise ou acidente, não é possível pensar o design como uma prática sem atrito e desatenta relativamente aos sistemas complexos com que se cruza.

“There will always be designers to design the Hummers and the bumper stickers, and there will always be designers to design the web sites to propagate David Foster Wallace’s warnings and promises.

But a new generation of designers has emerged, concerned with designing strategies to subvert this “natural default-setting” in which each person understands themselves at the center of the world.

These designers do this by engaging with the complex adaptive systems that surround us, by revealing instead of obscuring, by building friction instead of hiding it, and by making clear that every one of us (designers included) are nothing more than participants in systems that have no center to begin with. These are designers of systems that participate – with us and with one another – systems that invite participation instead of demanding interaction.

We can build software to eat the world, or software to feed it. And if we are going to feed it, it will require a different approach to design, one which optimizes for a different type of growth, and one that draws upon – and rewards – the humility of the designers who participate within it.”