A primeira proposta de trabalho do 2º semestre faz a transição entre o desenho de representação de objectos e o desenho da figura humana. Como um dos temas do programa era a relação entre os objectos e o corpo, decidimos trabalhar a noção de Manual de Instruções. Do ponto de vista gráfico, estas representações cumprem determinados objectivos (legibilidade, universalidade, clareza, economia) e encontram formas de expressão plástica adequadas.
A proposta que foi feita aos alunos passava pela realização de dois manuais de instruções. O primeiro, ilustrativo da função para a qual o objecto foi pensado. O segundo, descrevendo uma utilização poética desse mesmo objecto. Para além da reflexão sobre cada uma das funções, era preciso encontrar formas de representar e linguagens plásticas adaptadas a cada uma das modalidades. Se a primeira pedia racionalidade e economia, a segunda abria caminha a todo o tipo de experimentação. O questionamento da funcionalidade devia ter como equivalente uma experimentação sobre o que significa comunicar através do desenho. Quais são os limites da legibilidade? Como utilizar a escala, o suporte e o formato enquanto elemento discursivo? Até onde é que é preciso detalhar uma determinada acção?
O lado bom de tudo isto é que, naturalmente, o desenho da figura apareceu e com ele as primeiras dificuldades. Ao explicar como é que se deve utilizar um objecto ou abordar um determinado espaço, temos de encontrar uma forma de representar o corpo e a sua acção.
Ficam alguns dos estudos que foram feitos enquanto cada aluno procurava a melhor solução para o problema que tinha em mãos.
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